sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Ao Meu Futuro Namorado
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
o seu dia, o meu dia, o nosso dia.
sábado, 17 de julho de 2010
Refletindo...
sábado, 24 de abril de 2010
Desabafo
Algumas páginas viradas, algumas pontas destruídas, mas lições aprdendidas. A cada lágrima que escorreu dos meus olhos, eu me perguntava se aguentaria toda essa mudança. Eu sou grata por todas as feridas no meu coração, por cada começo, cada página escrita, cada história vivida.
Se eu errei? MUITO. Algumas chances, disperdicei; alguns caminhos, nao deveria ter tomado; sinais, ignorei; corações que posso ter machucado, sem necessidade ou, simplesmente, algumas feridas que eu queria ter a chance de "cicatrizar". Mas isso já não importa mais, o passado não pode ser reescrito e você tem a vida que merece, por direito e dever.
Não podemos mudar o passado, mas podemos seguir em frente. Temos apenas que seguir em frente, carregando as liçoes aprendidas e de cabeça SEMPRE erguida. Porque, para cada nuvem que cobrir o céu, uma nova estrela vai surgir! Quando tirarmos o que está nos atrapalhando e pudermos saborear nossas vidas, tudo a nossa volta mudará, de ordinário para extraordinário. Se souber escutar o coração e agir com a cabeça, nunca estará errado.
Não importa onde parei, em que momento da vida cansei, recomeçar é dar mais uma chance a mim mesma; é renovar as esperanças na vida e, o melhor: Acreditar em mim mesma, de novo. O período que sofremos é aprendizado, o choro de raiva das pessoas é para, mais tarde, poder perdoá-las, sentir-se várias vezes só significa fechar-se até para os anjos. Lembre-se que somos INTENSIDADE. Nosso nome é amor e carregamos suas consequências para sempre até morrer.
sábado, 3 de abril de 2010
O Papel
Naquela manhã, acordou com o despertador tocando. Olhou brava para o lado, mas antes que pudesse avistar a fonte de barulho, o que conseguiu ver foi o papel dobrado exatamente quatro vezes, em cima de seu criado mudo.
Seu olho congelou naquela imagem, o barulho do despertador já não a incomodava mais, não tanto quanto aquele papel. Por que o medo gigante de abrí-lo? Porque não o jogar no lixo? No fundo achava que tinha o colocado em cima de seu criado-mudo como forma de auto-sabotagem. Não levou em conta o cansaço, nem nada parecido. Tinha certeza que não havia jogado naquele lugar por acaso e, sim, um engenho para não esquecer sua existência, para desejar aquele papel.
Não fazia idéia do conteúdo, mas tudo que sabia era que tinha um medo misturado com curiosidade. Era um sentimento tão profundo que, só de olhar para aquele papel, logo quando acordou, seu coração disparou, não ouvia mais nada, não sentia mais nada. Naquele momento era apenas ela e o papel.
Levantou como se nada a tivesse incomodado. Ignorou, completamente, a fonte de seu incomodo. Lavou o rosto, olhou-se no espelho por mais ou menos 20 minutos. Para ela, não passou de dois segundos. Naquele momento não pensou em nada, sua mente estava vazia. Se arrumou e foi para o trabalho, como todas as manhãs.
O seu dia turbulento não a fez desistir daquela idéia, do seu incomodo. Não agüentou muito tempo, abriu o bilhete. Sua pupila dilatada, seu coração disparado. Dobrou o bilhete, guardou na gaveta de seu criado-mudo, ligou pra sua amiga e marcou de encontrá-la. Apenas disse o lugar, a hora e desligou. Saiu de casa com seu sentimento contido, mas seu olhar a denunciava.sexta-feira, 12 de março de 2010
Aprendi com Charles Chaplin
Naquele dia, ela acordou com uma felicidade incontida, transmitida no seu sorriso tímido, no brilho do seu olhar matinal. Lavou o rosto, colocou uma roupa qualquer de seu guarda-roupa e foi caminho a sua rotina. Parava todo dia naquela mesma banca em frente seu prédio, olhava as noticias folheando as paginas do jornal, como se já soubesse de todas; parava no mesmo café e comprava sempre o mesmo carioca duplo. Mais uma vez passara por aquela rua que, aparentemente, possuía o brilho noturno, porem de manhã não passava de mais uma rua.
Pôde perceber que todos naquele meio tinham suas vidas, possuíam suas angústias, mas não deixam de viver por isso. Pois, como lera uma vez em um muro: “não importa o quanto seu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.”, mas continuava sem entender porque, assim como todos ali, ela não podia deixar seu egocentrismo, sua dor sem motivo, sua crise existencial de lado e passar a importar-se com coisas realmente importantes. Não importa o quanto certas coisas sejam importantes, tem gente que não dá a mínima e você jamais conseguirá convencê-las. Porém, nem a si mesma ela convencia, era uma luta sem fim e sem motivo. Ela poderia passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.
Ainda olhava para trás e via sua hipocrisia com desgosto. Se sentia mal por agir assim e se subjugar, sem ao menos entender o porque agia assim. Era uma constante briga psicológica entre o certo e o errado, entre o bem e o mal; onde não havia ‘anjinhos’ nem ‘diabinhos’. O que ela mais queria era poder acordar uma manhã qualquer (nem que fosse apenas nas primeiras horas de seu dia), olhar-se no espelho e, sem dizer nada, sentir a confiança que toda mulher deveria ter ao se olhar no espelho. Poder sair de casa, leve; poderia até não sorrir, mas como não sorrir sabendo que haveria realizado seu maior desejo: LIBERDADE!
A culpa vinha em sua mente sempre que a tristeza tocava seu coração. Não se sentia no direito de sofrer depois de tudo que passara na vida, depois de ver todo o sofrimento de sua mãe, que criara seus três filhos e os defendera de tudo (até da morte) como uma leoa. Se sentia culpada por, naquele momento, não sentir a felicidade que sua mãe buscara com todo o suor; por banalizar seu esforço no momento em que deixou aquela lagrima escorrer de seu rosto, sem motivos aparentes, pois não se dava o direito de sentir nada mais além da felicidade.
"Eu aprendi que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida; que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles; que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso; que não é o bastante ser perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro; que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço agora. Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério; e que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito. E agora posso agradecer a cada pessoa que está na minha vida, cada pessoa que passou por ela. Obrigado por fazer de mim o que sou hoje.''
sábado, 6 de março de 2010
Capítulo Primeiro
Diante daquele “nem um minuto” simplesmente sentou-se, olhou para a porta, não chegou a pensar, agiu por pura impulsividade. Foi. Com ela não levava nada, além de suas chaves. Estava frio, mas nem um casaco ela pensou em pegar, simplesmente saiu. Não agüentava mais olhar para aquela casa vazia, não queria mais ficar sem nada para fazer. Como diria Vinícius de Moraes: “Ai que tédio enorme da vida”.
Começou a andar e reparar na sua rua, coisa que nunca havia feito antes, pelo simples fato cotidiano de sair apressada e atropelando a própria pressa. Passava sempre por uma doceria, mas nunca reparou quão bonita e confortável ela parecia ser ou como a praça estava diferente desde o primeiro olhar dado a ela naquela tarde em que o corretor entregara as chaves do apartamento.
A vida havia mudado muito, porém ela sabia que se algo mais poderia ser feito, esse algo era apenas dentro de si. Precisava ter paciência com seu jeito, com suas auto-críticas. Olhar-se no espelho já não era a mesma coisa de antes. Não aparentava mais a juventude de antes, nem sorria simpaticamente como antes. Tudo o que ela tinha era a boa memória da vida que levava, dos sorrisos dados a estranhos, sem motivo algum; das ocasiões declaradas, agora, como ‘pouco aproveitadas’. Mas sempre se consolava com a crença de que só passamos a dar o devido valor quando vem algo mais difícil e torna aquele pequeno problema em algo sem significado.
Na sua caminhada “noturna” acabou por perceber um homem observando-a. Ele olhava fixamente, ela não entendia o motivo, chegou a ter medo, mas continuou seus passos sem alteração alguma. Ele estava parado, apoiado num poste de luz e fumando um cigarro. O efeito dado pela luz, fez com que ela comparasse aquela cena a um ‘filme policial das antigas’.